Quem são Herdeiros Legítimos?

Quem são Herdeiros Legítimos?

Os herdeiros legítimos são aqueles que possuem direito à herança de uma pessoa falecida, de acordo com a legislação brasileira. Essa definição é importante para entendermos quem são as pessoas que têm direito a receber os bens deixados pelo falecido, evitando conflitos e disputas familiares. Neste glossário, iremos explorar em detalhes quem são considerados herdeiros legítimos e quais são os critérios utilizados para determinar essa condição.

Parentesco e Sucessão

No Brasil, a sucessão hereditária é regida pelo Código Civil, que estabelece as regras para a transmissão dos bens de uma pessoa falecida para seus herdeiros. O parentesco é um dos principais critérios utilizados para determinar quem são os herdeiros legítimos. O Código Civil estabelece que os parentes mais próximos têm preferência na sucessão, ou seja, são considerados herdeiros legítimos aqueles que possuem um grau de parentesco mais próximo com o falecido.

Ordem de Sucessão

A ordem de sucessão estabelecida pelo Código Civil define quem são os herdeiros legítimos em caso de falecimento de uma pessoa sem deixar testamento. A primeira classe de herdeiros legítimos é composta pelos descendentes, ou seja, filhos, netos, bisnetos, etc. Caso não existam descendentes, a sucessão passa para a segunda classe, que é formada pelos ascendentes, como pais, avós, bisavós, etc. Se não houver ascendentes, a sucessão passa para a terceira classe, que é composta pelos colaterais, como irmãos, tios, primos, etc.

Exclusão de Herdeiros Legítimos

Existem situações em que um herdeiro legítimo pode ser excluído da sucessão hereditária. O Código Civil estabelece algumas hipóteses em que isso pode ocorrer, como no caso de indignidade, que é quando o herdeiro comete algum ato grave contra o falecido, como homicídio doloso. Além disso, o herdeiro pode ser excluído se renunciar à herança ou se for considerado incapaz para suceder, de acordo com as normas do Código Civil.

Herança por Representação

Em alguns casos, a sucessão hereditária pode ocorrer por representação. Isso significa que, se um herdeiro legítimo falecer antes do falecido, seus descendentes podem herdar sua parte da herança. Essa situação é comum quando um filho falece antes dos pais, por exemplo. Nesse caso, os netos do falecido representam o pai falecido na sucessão, recebendo sua parte da herança.

Herança por Adoção

A adoção também é considerada um critério para determinar quem são os herdeiros legítimos. De acordo com o Código Civil, os filhos adotivos têm os mesmos direitos e deveres dos filhos biológicos, inclusive no que diz respeito à sucessão hereditária. Portanto, um filho adotivo pode ser considerado um herdeiro legítimo, desde que cumpra os demais requisitos estabelecidos pela legislação.

Herança por União Estável

A união estável é reconhecida como uma forma de família pela legislação brasileira. Portanto, o companheiro ou companheira que vive em união estável com o falecido também pode ser considerado um herdeiro legítimo. No entanto, é importante ressaltar que, para ter direito à herança, é necessário comprovar a existência da união estável, por meio de documentos e testemunhas.

Herança por Casamento

No caso do casamento, o cônjuge sobrevivente também é considerado um herdeiro legítimo. O Código Civil estabelece que o cônjuge tem direito a uma parte da herança, mesmo que o falecido tenha deixado descendentes ou ascendentes. Essa parte é chamada de “quinhão hereditário”, e sua proporção varia de acordo com o regime de bens adotado pelo casal.

Herança por Testamento

Além dos herdeiros legítimos, uma pessoa pode deixar um testamento para definir como será a divisão de seus bens após o falecimento. Nesse caso, as disposições do testamento prevalecem sobre as regras da sucessão legítima. Portanto, é possível nomear herdeiros que não teriam direito à herança de acordo com a ordem de sucessão estabelecida pelo Código Civil.

Considerações Finais

Em resumo, os herdeiros legítimos são aqueles que têm direito à herança de acordo com a legislação brasileira. O parentesco é um dos principais critérios utilizados para determinar quem são os herdeiros legítimos, mas existem outras situações em que uma pessoa pode ser considerada herdeira, como a adoção, a união estável e o casamento. Além disso, é importante ressaltar que a existência de um testamento pode alterar a ordem de sucessão estabelecida pelo Código Civil.

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